O HOMEM DE BEM
DESPRENDIMENTO DOS BENS TERRENOS.
DESPRENDIMENTO DOS BENS TERRENOS
DESPRENDIMENTO DOS BENS TERRENOS
Muito se pedirá àquele que muito recebeu
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, itens 10 a 12.)
Fora da caridade não há salvação!
Com o egoísmo, os homens estão em luta perpétua; com a caridade, estarão em paz. Somente tendo por base de suas instituições a caridade, podem ter assegurada sua felicidade neste mundo; segundo as palavras do Cristo, só ela pode também garantir sua felicidade futura, pois encerra implicitamente todas as virtudes que podem os conduzir à perfeição. Com a verdadeira caridade, tal como a ensinou e praticou o Cristo, não mais o egoísmo, o orgulho, o ódio, a inveja, a maledicência; não mais o apego desordenado aos bens deste mundo. É por isso que o Espiritismo cristão tem como máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.
Incrédulos! Podeis rir dos Espíritos, zombar daqueles que crêem em suas manifestações; ride, pois, se ousardes, desta máxima que eles vem ensinar e que é vossa própria salvaguarda, pois se a caridade desaparecesse da terra, os homens se estraçalhariam, e talvez vós fosseis as primeiras vítimas. Não está longe o tempo em que esta máxima, proclamada abertamente em nome dos Espíritos, será uma garantia de segurança e um título à confiança naqueles que a trouxerem gravada no coração.
Desde que chamais um Espírito, Deus permite que eu venha. Vou dar-vos um bom conselho, principalmente a vós, Sr…
Vós que vos ocupais-vos sempre dos sábios, pois é essa a vossa preocupação, deixai-os de lado. Que poder têm eles sobre as crenças religiosas e sobretudo espíritas? Não repeliram em todos os tempos as verdades que se apresentaram? Não rejeitaram todas as invenções, tratando-as de quimeras? Os que anunciavam essas verdades não eram tratados como loucos e, assim, encarcerados; outros metidos nos calabouços da inquisição; outros lapidados ou queimados? Mais tarde a verdade não brilhava menos aos olhos dos sábios surpresos que a tinham posto embaixo do alqueire. Dirigindo-vos incessantemente a eles, quereis, novo Galileu, sofrer a tortura moral, que é o ridículo, e ser forçado à retratação? Dirigiu-se o Cristo às academias de seu tempo? Não. Pregava a divina moral a todos em geral e ao povo em particular.
Para apóstolos ou propagadores de sua vinda, escolheu pescadores, criaturas de coração simples, muito ignorantes, que não conheciam as leis da natureza e que não sabiam se um milagre podia contrariá-las, mas que acreditavam ingenuamente. “Ide, dizia Jesus, e contai o que vistes.”
Jamais fez um milagre que não fosse em favor dos que o pediam com fé e convicção. Recusou-os aos fariseus e aos saduceus, que vinham para tentá-lo, e chamou-os hipócritas. Dirigi-vos pois também a pessoas inteligentes, dispostas a crer. Deixai os sábios e os incrédulos.
Aliás, o que é um sábio? Um homem mais instruído do que os outros, porque estudou mais, mas que perdeu o prestígio que tinha antigamente, auréola fatal, que por vezes lhe valia as honras da fogueira. Mas, na medida em que a inteligência popular se desenvolveu, o seu brilho diminuiu. Hoje, um homem de gênio não mais teme ser acusado de feitiçaria; não é mais o aliado de Satã.
A Humanidade esclarecida aprecia no seu justo valor aquele que trabalha muito e sabe muito; ela sabe colocar no pedestal que lhe convém o homem de gênio que produz belas obras. Sabendo em que consiste a ciência do sábio, não mais o atormenta; como sabe de onde emana o gênio criador, inclina-se perante ele. Mas, por sua vez, quer ter a liberdade de crer naquelas verdades que lhe dão consolação. Não quer que aquele que sabe mais ou menos química, mais ou menos retórica, que produz a mais bela ópera, venha entravar as suas crenças, lançando-lhe o ridículo no rosto e tratando suas ideias como loucura. Ela se esquivará desse caminho e silenciosamente continuará na sua trilha. Um dia a verdade envolverá o mundo inteiro, e os que a tinham repelido serão obrigados a reconhecê-la. Eu mesma, que me ocupei do Espiritismo até meu último dia, sempre a pratiquei na intimidade.
Pouco me importa a Academia. Acreditai-me: mais tarde ela virá até vós.
DELPHINE DE GIRARDIN - Revista Espírita 1860 » Novembro » Dissertações espíritas » Os sábios. TEXTOS RELACIONADOS:O Livro dos Espíritos » Introdução ao estudo da Doutrina Espírita » VII.
Bem-aventurados os aflitos - Motivos de resignação
Deveis, pois, estar felizes porque Deus transformou vossa dívida permitindo pagá-la presentemente, o que vos assegura a tranquilidade para o futuro. O homem que sofre é semelhante a um devedor que deve uma grande quantia, a quem diz o seu credor: "Se me pagardes hoje, mesmo a centésima parte da dívida, eu vos darei quitação de todo o resto, e serei livre; se não o fizerdes, eu vos perseguirei até que tenhais pago o último centavo." O devedor não seria mais venturoso suportando toda sorte de privações par se liberar, pagando somente a centésima parte do que deve? Ao invés de lamentar do seu credor, não lhe agradeceria?
Do: Evangelho Segundo o Espiritismo
O HOMEM DE BEM
Da: Revista Espírita
"A sinceridade da união traduz-se por atos e, mais ainda, por atos íntimos do que por demonstrações aparatosas. Que eu veja por toda parte reinar a paz e a concórdia na grande família. Que cada um ponha de lado as vãs suscetibilidades e as rivalidades pueris, filhas do orgulho. Que todos tenham como objetivo único o triunfo e a propagação da doutrina, e que para isso concorram com zelo, perseverança e abnegação de todo interesse e de toda vaidade pessoal. Eis o que para mim será uma verdadeira festa; o que me cumulará de prazer e me permitirá trazer da segunda visita a Bordeaux a mais suave e agradável lembrança.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
"Um dos caprichos da humanidade é ver cada qual o mal alheio antes do próprio. Para julgar-se a si mesmo, seria necessário poder mirar-se num espelho, transportar-se de qualquer maneira fora de si mesmo, e considerar-se como outra pessoa, perguntando: Que pensaria eu, se visse alguém fazendo o que faço?