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O HOMEM DE BEM

Tem fé no futuro; por isso, coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as a decepções, e as aceita sem murmurar. O homem, possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem, sem esperança de recompensa, retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seu interesse à justiça. E encontra satisfação nos benefícios que derrama, nos serviços que presta, no felizes que faz, nas lágrimas que seca, nas consolações que dá aos aflitos. Seu primeiro movimento é de pensar nos outros antes de pensar em si, de procurar o interesse dos outros antes do seu próprio. O egoísta, ao contrário, calcula o lucro e as perdas de toda ação generosa. 

Ele é bom, humano e benevolente para com todos, sem preferência de raças nem de crenças, porque vê irmãos em todos os homens. Respeita nos outros a convicções sinceras, e não lança o anátema àqueles que não pensam como ele. Em todas as circunstâncias, a caridade é o seu guia; diz a si mesmo que aquele que leva prejuízo a outrem por palavras malévolas, que fere a suscetibilidade de alguém por seu orgulho e seu desdém, que não recua à ideia de causar uma inquietação, uma contrariedade, ainda que leve, quando pode evitá-lo, falta ao dever de amor ao próximo, e merece a clemência do Senhor.

DESPRENDIMENTO DOS BENS TERRENOS.

SÃO LUÍS, Paris, 1860.

O princípio segundo o qual o homem não é senão o depositário da fortuna que Deus lhe permite gozar durante a vida, tira-lhe o direito de transmiti-la aos seus descendentes? O homem pode perfeitamente transmitir, depois de sua morte, do que gozou durante a vida, porque o efeito desse direito está sempre subordinado à vontade de Deus que pode, quando quiser, impedir seu descendente de gozá-lo; é assim que se vê desmoronarem fortunas que pareciam solidamente estabelecidas. A vontade do homem em manter sua fortuna na sua descendência é, pois, impotente, o que não lhe tira o direito de transmitir o empréstimo que recebeu, uma vez que Deus o retirará quando julgar conveniente.

DESPRENDIMENTO DOS BENS TERRENOS

LACORDAIRE, Constantina, 1863. 

Sede submissos primeiro; tende fé naquele que vos tendo dado e tirado, pode vos restituir com coragem ao abatimento, ao desespero que paralisam a vossa força; não olvideis jamais quando Deus vos atingir, que ao lado da maior prova, coloca ele sempre uma consolação. Mas pensai sobretudo, que há bens infinitamente mais preciosos que os da Terra e esse pensamento vos ajudará a vos desapegar destes últimos. O pouco valor que se atribui a uma coisa faz com que menos sensível seja a sua perda. O homem que se apega aos bens da Terra é como a criança que não vê senão o momento presente; aquele que a eles não se prende é como o adulto que vê as coisas mais importantes, porque compreende estas palavras proféticas do Salvador: "Meu reino não é deste mundo".

DESPRENDIMENTO DOS BENS TERRENOS


LACORDAIRE, Constantina, 1863. 

Esbanjar a fortuna não é desapego aos bens terrenos, mas negligência e indiferença; o homem, depositário desses bens, não tem mais o direito de os dilapidar ou de os confiscar em seus proveitos a prodigalidade não é generosidade, mas, frequentemente, uma forma de egoísmo; aquele que atira ouro a mancheias para satisfazer uma fantasia, não daria uma moeda para prestar serviço. O desapego aos bens terrestre consiste em apreciar a fortuna pelo seu justo valor, em saber servir-se dela para os outros e não só para si, a não sacrificar por ela aos interesses da vida futura, a perdê-la sem murmurar se apraz a Deus voa-la retirar. Se, por reveste imprevistos, vos tornardes um outro Jobi, dizei com ele: "Senhor, vós más havíeis dado, vós más havíeis tirado; que seja a vossa vontade." Eis o verdadeiro desapego.

Evangelho no lar



       O culto do Evangelho no lar é uma importante rotina que todos nós espíritas deveríamos cumprir, nada mais é que a união entre o nosso coração e os bons espíritos. Simples e de efeito surpreendente o culto no lar consiste em 4 importantes passos.

  1. Leitura de página inicial edificante
  2. Prece inicial
  3. Leitura do evangelho segundo o espiritismo
  4. Prece de encerramento
  • Para a leitura inicial indicam-se livros com pequenas passagens em seus capítulos como por exemplo os livros pão nosso, fonte viva, vinha de luz (todos de Chico Xavier) como também o vinde a mim, minutos de sabedoria e outros títulos semelhantes. Fazer a leitura de um capítulo e um breve comentário.
  • Seguindo-se com uma prece onde você agradece a oportunidade de poder estudar, com suas palavras e pede para q o ambiente esteja em comunhão com os elevados desígnos de Deus.
  • Escolha seguir o evangelho segundo o espiritismo de Allan Kardec na ordem ou aleatoriamente, o que mais lhe convir, faça a leitura de alguns itens e comente.
  • Encerre com uma prece agradecendo a oportunidade de estudo e pedindo pelo seu lar e as pessoas que nele vivam.

Algumas sugestões e dicas:

  • Você pode ou não colocar um copo de água pedindo para que os irmãos espirituais coloquem nela o fluído necessário para o seu refazimento espiritual
  • De preferência toda a família deve participar mas caso não seja possível convide a todos e mesmo que ninguém faça com você o culto no lar faça sozinho em voz alta num ambiente mais particular, seja no seu quarto, no banheiro, onde for.
  • O importante de se ler em voz alta mesmo que sozinho é que muitos espíritos presentes não possuem a faculdade completa de vasculhar pensamentos e ouvir de uma palavra de conforto e amor pode ser importante para o reencontro desses seres com a luz divina.
  • É muito importante a constância do culto no lar. Uma vez por semana no mesmo horário, dura entre 10 e 30 minutos e é importante no dia do culto principalmente nas horas que se antecede estar calmo e equilibrado para que ajude a espiritualidade a manter as boas emanações de energia pura de amor.

Efeitos do Culto no Lar:

Algumas obras e algumas comunicações de espíritos nos revelam que os lares com a prática constante do culto no lar são higienizados de toda vibração maléfica que ali se encontre pois com a fé de quem preside o culto mais a vibração positiva que atrai espíritos do bem auxiliam para que sua casa se torne um ponto de socorro espiritual de entidades vagantes que estejam na erraticidade como marginais da doutrina divina do pai eterno. Sente-se uma vibração mais perene e leve, o ambiente se torna menos hostil e as brigas familiares podem ser amenizadas, tudo é claro dependendo da fé e da vibração que cada um estiver emanando. Por isso é importante que se tenha no culto um  compromisso do seu coração para com Deus.

É o momento de deixar de lado as diferenças e os problemas materiais e se conectar com os céus e receber da palavra amiga e esclarecedora dos espíritos a energia renovadora que irá impulsionar a sua jornada em direção à elevação moral na terra. Que possamos todos estarmos em sintonia com o bem maior, muita paz!

Emmanuel e a unificação do espiritismo

A unificação espiritualista constitui problema, credor da mais legítima cooperação de quantos colaboram nas obras da verdade e do bem no plano espiritual.

Difícil padronizar a interpretação, de vez que ninguém pode trair o degrau evolutivo que lhe é próprio.
Cada aprendiz da realidade universal verá de acordo com as dimensões de sua janela; ouvirá, segundo a acústica, instalada por si mesmo no santuário interior; e compreenderá, na medida de suas realizações e experiências.
 
Entretanto, nosso problema de união, ao que parece, não se relaciona com a exegese.

É questão de fraternidade sentida e vivida, portas a dentro da organização doutrinária, para que as obras não se esterilizem, à míngua de fé e para que a fé não pereça sem obras.

Trata-se de avançado cometimento da boa vontade de cada companheiro na construção do edifício coletivo do bem geral.

Serviço de compreensão elevada, em que para unir, em Cristo, não podemos prescindir da renúncia cristã, aprendendo a ceder com proveito, no esforço de todos, com todos e para todos em favor da vida melhor.

Para isso, cremos, não é necessário invocar a interpretação que sempre define “um estado de conhecimento”, sem representar a sabedoria, e nem se reclamará o concurso da política humana que constitui “uma expressão transitória de poder”, sem consubstanciar a autoridade em si mesma.

Apelaremos, sim, para as qualidades superiores do espírito, recorreremos à zona sublime da consciência, onde os valores religiosos acendem a verdadeira luz.

Razoável que os orientadores encarnados tracem programas construtivos para a feição externa do serviço a fazer.

Em tempo algum, dispensaremos a ordem, o método e a disciplina, no templo da elevação, como forças controladoras da inteligência.

Nós outros, conclamaremos o homem interno e mobilizaremos as energias do ideal, falando ao coração.

Reunamo-nos no campo da fraternidade edificante.
Não teremos espiritismo unido sem que nos unamos.

Debalde ensinaremos amor sem nos amarmos uns aos outros.
Não elevaremos a doutrina sem nos elevarmos.

Aprendamos a eliminar as arestas próprias, a fim de que o espírito coletivo paire mais alto, ligando-nos à Divina Inspiração.

Unir, para nós, deve ser aprimorar, crescer, iluminar.

Aprimoremo-nos, apresentando mais dócil instrumentalidade aos mensageiros da Vida Mais Alta.

Cresçamos em conhecimento e superioridade sentimental.
Iluminemo-nos na esfera individual, penetrando o segredo do sacrifício para enriquecimento da vida imortal.
Em seguida, a união frutificará, em nossos círculos de trabalho qual a espiga substanciosa que premia a sementeira.

Organizemos por fora, aperfeiçoando por dentro.
Então, chegaremos sem atritos mais ásperos à aquisição de nossa unidade com o Cristo, na mesma convicção que lhe engrandeceu o verbo, quando assegurou: “Eu e meu Pai somos um”.

Espírito Emmanuel, do livro Doutrina e Vida, psicografado por Chico Xavier.

Fora da caridade não há salvação!

Com o egoísmo, os homens estão em luta perpétua; com a caridade, estarão em paz. Somente tendo por base de suas instituições a caridade, podem ter assegurada sua felicidade neste mundo; segundo as palavras do Cristo, só ela pode também garantir sua felicidade futura, pois encerra implicitamente todas as virtudes que podem os conduzir à perfeição. Com a verdadeira caridade, tal como a ensinou e praticou o Cristo, não mais o egoísmo, o orgulho, o ódio, a inveja, a maledicência; não mais o apego desordenado aos bens deste mundo. É por isso que o Espiritismo cristão tem como máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

Incrédulos! Podeis rir dos Espíritos, zombar daqueles que crêem em suas manifestações; ride, pois, se ousardes, desta máxima que eles vem ensinar e que é vossa própria salvaguarda, pois se a caridade desaparecesse da terra, os homens se estraçalhariam, e talvez vós fosseis as primeiras vítimas. Não está longe o tempo em que esta máxima, proclamada abertamente em nome dos Espíritos, será uma garantia de segurança e um título à confiança naqueles que a trouxerem gravada no coração.

Ser Espírita…

O que é ser espírita? muitas vezes quando dizemos ser espíritas as pessoas nos perguntam o que é o espiritismo, quais nossas crenças, se acreditamos em Deus ou em Jesus, e por ai vai… 
Mas nós sabemos o que é ser espírita? 
Bem creio que vocês saibam, pois o espiritismo é para cada um algo de importância moral. Allan Kardec afirmou, em O Evangelho segundo o Espiritismo, que o verdadeiro Espírita é reconhecido pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega em domar suas más tendências. 
O espiritismo é uma doutrina revolucionária que traz a fé raciocinada, pautada em revelações dos espíritos trazidas através da codificação de Allan Kardec em suas 5 obras básicas. 
Delas Kardec discorre sobre todos os assuntos cotidianos que enfrentamos e chega até a questões religiosas e científicas complexas, tudo com explicações lógicas e intuitivas trazidas pelos amigos espirituais. 
Daí podemos perceber a proposta da doutrina espírita através do pedido de Kardec em suas obras para a auto crítica e a auto análise de nossos atos, de nossas crenças. 
Kardec nos convida à elevação da conduta moral do ser, a fim de se progredir na escala evolutiva que é lei primeira do universo. Ser espírita significa o olhar interior, a localização e a aceitação de nossa condição e a busca pela melhora e evolução de nossas aptidões e defeitos. 
Entendemos que não existe o “CERTO” ou o “ERRADO” e sim a “AÇÃO” e a “REAÇÃO” , lei de constante aplicação em nossas vidas e causador das nossas sucessivas necessidades de reencarnar e progredir. 
Por fim, gostaria de deixar a reflexão para cada um de vocês… Perguntem-se, internamente, para você… o que é ser espírita? 

Muita Paz!

A Filosofia no espiritismo

A prática espírita exige de nós o conhecimento de si mesmo e a elevação do ser à matéria. Com isso entram fatores importantíssimos no âmbito psicológico-social que influenciam na nossa caracterização enquanto espíritos. 

A filosofia espírita é baseada no estudo detalhado de casos reais com possibilidades de reflexões suficientemente baseadas a ponto de nos tornar questionadores insaciáveis em busca de respostas cada vez mais amplas e ao mesmo tempo específicas.

O espiritismo estimula o espírita a buscar o autoconhecimento, que é a base para a compreensão de si mesmo e seu papel junto a sociedade. Através dos estudos espíritas buscamos dentro de nós a solução para os problemas do mundo. A percepção do espírito é para nós espíritas como a percepção descartiana do “penso logo existo” .

Através dessa percepção espiritual o ser amplia seus horizontes de pensamento e busca através de uma nova perspectiva , mais branda, calma e muitas vezes mais sensata. O espiritismo instrui o ser a se enxergar como parte de um todo de forma positivista, racional e humanitária.

Segundo os espíritos o espiritismo é a terceira revelação, o consolador prometido por Jesus e isso se evidencia mais com o passar do tempo em que a filosofia espírita preenche uma lacuna maior entre a racionalidade e a religiosidade. Buscamos através da fé o entendimento lógico baseado em estudos e reflexões demoradas. Com isso obtemos uma doutrina extremamente costurada nas ideias que, ao se conectarem, nos dão um quadro mais nítido sobre o que somos e para aonde vamos.

Aliás as questões básicas da antropologia que são, do prisma filosófico, questões que sempre instigaram o homem são respondidas todas desde a publicação de “O livro dos espíritos” de Allan Kardec. Através desse conhecimento trazido do além, o homem tornou-se capaz de analisar a realidade com o olhar espiritual, recebeu novas definições quanto a vida espiritual e pôde, finalmente, ligar as reflexões de filósofos com a prática existencial.

Kardec por si só já era um grande filósofo. Formado na escola de Pestalozzi, desde cedo sempre foi grande questionador e comprovou ao entrar nessa renomada instituição de que se tratava de um espírito com grande valor adquirido de existências anteriores como estudioso. Kardec chama nossa atenção para que o deslumbramento mediante ao fato mediúnico não seja mais importante que a questão filosófica por trás daquelas mensagens recebidas. Desde as respostas mais inteligentes a perguntas mais inteligentes, kardec se afastou das atividades pueris com relação a mediunidade e tratou de assuntos mais sérios e de caráter filosófico mais relevantes como questões éticas, sociais, filosóficas e morais.

Isso deu ao espiritismo um Status nunca antes alcançado pro uma religião na época do positivismo: O de ciência. Pois através de comprovações factíveis o espiritismo mostrava que era real e não apenas produto de reflexões ilimitadas de caráter real. A filosofia neste caso ajudou a montar no espiritismo um padrão de análises e a formação de uma doutrina. A doutrina espírita se consagrou através das décadas seguintes com outros ilustres médiuns e divulgadores espíritas que buscaram dentro de seus estudos fazer a ponte do pensamento filosófico espírita e a nossa percepção de mundo. Podemos citar : Léon Denis, Sir Arthur Conan Doyle , entre outros grandes pensadores e divulgadores espíritas.

Do ponto de vista espírita, a doutrina nos traz o elo de ligação perfeito à filosofia. Entendemos que a percepção é uma faculdade geral do espírito, que se desenvolve conforme suas consecutivas existências, construindo “da base ao teto” o caráter e a sua individualidade como um todo.

Com isso temos que a Filosofia espírita nos comporta a ideia de que temos que nos conhecer, nos melhorar e de forma humanitária e coerente melhoraremos o mundo. Através dessa filosofia a educação do homem como um todo se torna mais evidente e mais dinâmica, misturando-se ao empirismo social e às novidades de características morais. O homem torna-se controlador de si mesmo a medida que se eleva e se conhece. Somente através disso é que a evolução se dá. Devemos tratar a filosofia espírita com o máximo de respeito pois foi através dessas inúmeras reflexões que Kardec pôde nos trazer um conteúdo tão rico de renovações e esperanças a todos nós! Muita paz!

 

Bibliografia utilizada como apoio: 

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos.

PIRES, J. H. Introdução à Filosofia Espírita. 1.ed., São Paulo, Paideia, l983.

DOYLE, A.C. A História do espiritismo. 2 ed. FEB.