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 PELO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS                     

JESUS E O PRECURSOR

                       Após a famosa apresentação de Jesus aos doutores do Templo de Jerusalém, Maria recebeu a visita de Isabel e de seu filho, em sua casinha pobre de Nazaré. Depois das saudações habituais, do desdobramento dos assuntos familiares, as duas primas entraram a falar de ambas as crianças, cujo nascimento fora antecedido por acontecimentos singulares e cercado de estranhas circunstâncias. Enquanto o patriarca José tendia às últimas necessidades diárias de sua oficina humilde, entretinham-se as duas em curiosa palestra, trocando carinhosamente as mais ternas confidências maternais.  O que me espanta dizia Isabel com caricioso sorriso é o temperamento de João, dado às mais fundas meditações, apensar da sua pouca idade.

                       (Francisco Cândido Xavier)

 


 PELO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS.


Depois dessa festa dos corações, qual roteiro indelével para a concórdia dos homens, ficaria o Evangelho como o livro mais vivaz e mais formoso do mundo, constituindo a mensagem permanente do Céu, entre as criaturas em trânsito pela Terra, o mapa das abençoadas altitudes espirituais, guia do caminho, o manual do amor, da coragem e da perene alegria. E, para que essas características se conservassem entre os homens, como expressão de sua sábia vontade, Jesus recomendou aos seus Apóstolos que iniciassem o seu glorioso testamento com os hinos e os perfumes da Natureza, sob a claridade maravilhosa de uma estrela a seguir reis e pastores à manjedoura rústica, onde se entoavam as primeiras notas de seu cântico de amor, e o terminassem com a luminosa visão da Humanidade futura na posse das bênçãos de redenção.

É por esse motivo que o Evangelho de Jesus, sendo Livro do amor e da alegria, começa com descrição da gloriosa noite de Natal e termina com a profunda visão da Jerusalém libertada, entrevista por João, nas suas divinas profecias do Apocalipse.

                       (Francisco Cândido Xavier)

 


   PELO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS


                   Aceravam-se de Roma e do mundo não mais espíritos belicosos, como Alexandre ou Aníbal, porém, outros que se vestiriam dos andrajos dos pescadores, para servirem de base indestrutível aos andrajos ensinos do cordeiro. Imergiam nos fluidos dos planetas os que preparariam a vinda do senhor e os que transformariam em seguidores humildes e imortais dos seus passos divinos. É por essa razão que o ascendente místico da era de Augusto se traduzia na paz e no júbilo do povo que, instintivamente, se sentia no limiar de uma transformação celestial. Ia chegar à Terra o sublime emissário. Sua lição de verdade e de luz ia espalhar-se pelo mundo inteiro, como chuva de bênçãos magníficas e confortadoras. A Humanidade vivia, então, o século da Boa-Nova. Era a "festa do noivado" a que Jesus se referia no seu ensinamento imorredouro.

                   (Francisco Cândido Xavier)

 


  PELO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS


                          Ó  Sol fecundo,
                          Que com teu carro brilhante
                          Abres e fechas o dia!...
                          Que surge sempre novo e sempre igual!
                         Que nunca possa ver
                         Algo maior do que Roma.
     
É que os historiadores ainda não perceberam, na chamada época de Augusto, o século do Evangelho ou da Boa-Nova. Esqueceram-se de que o nobre Otávio era também homem e não conseguiram saber que seu reinado, a esfera do Cristo se aproximava da Terra, numa vibração profunda de amor e de beleza.

                          (Francisco Cândido Xavier)

 


 PELO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS


                      Os carros de triunfo esqueciam, por algum tempo, as palmas de sangue e o sorriso da deusa Vitória não mais se abria para os movimentos de destruição e morticínio. O próprio imperador, muitas vezes, em presidindo às grandes festas populares, com o coração tomado de angústia pelos dissabores de sua vida íntima, se surpreendeu, testemunhando o júbilo e a tranquilidade geral do seu povo e, sem que se conseguisse explicar o mistério daquela onda interminável de harmonia, chorando de emoção, quando, do alto de sua tribuna dourada, escutava a famosa composição de Horácio, em que se destacavam estes versos de imorredoura beleza.

                      (Francisco Cândido Xavier)

                            

 PELO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS

                              Apesar de tudo, seu nome foi dado ao século ilustre que o vira nascer. Seus numerosos anos de governo se assinalaram por inolvidáveis iniciativas. A alma coletiva do Império nunca sentira tamanha impressão de estabilidade e de alegria. A paisagem gloriosa de Roma jamais reunira tão grande número de inteligência. É nessa época que surgem Virgílio. Horácio, Ovídio, Salústio, Tito Lívio e Mecenas, como favoritos dos deuses. Em todos os lugares lavravam-se mármores soberbos, esplendiam jardins suntuosos, erigiam-se palácios e santuários, protegia-se a inteligência, criavam-se leis de harmonia e de justiça, num oceano de paz inigualável.

                             (Francisco Cândido Xavier)
                     
  PELO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS

                     Não somente nesse particular padecia o imperador das extremas vicissitudes da vida humana. Ele que era o regenerador dos costumes, o restaurador das tradições da família,  o maior reorganizador do Império, foi obrigado a humilhar os seus mais fundos e delicados sentimentos de pai e de soberano, lavrando um decreto de banimento de sua única filha, exilando-a na ilha de Mandatária, por efeito da sua vida de condenáveis escândalo na Corte, sendo compelido, mais tarde, a tomar as mesmas providências em relação à sua neta. Notou que a companheira amada de seus dias se envolvia, na intimidade doméstica, em contínuas questões de envenenamento dos seus descendentes mais diretos, experimentando-o, assim, na família, a mais angustiosa ansiedade do coração.

                   (Francisco Cândido Xavier) 

 PELO ESPIRITO HUMBERTO DE CAMPOS


                  A cidade dos césares se povoava de artistas, de espíritos nobres e realizadores. Em todos os recantos, permanecia a sagrada emoção de segurança, enquanto o organismo das leis se renovava., distribuindo os bens da educação e da justiça. No entanto, o inesquecível imperador era franzino e doente. Os cronistas da época referem-se, por mais de uma vez, às manchas que lhe cobriam a epiderme, transformando-se, de vez, em quando, em dartros dolorosos. Otávio nunca foi senhor de uma saúde completa. Suas pernas viviam sempre enroladas em faixas e sua caixa torácica convenientemente resguardada contra os golpes de ar que motivavam incessantes resfriados. Com frequência, queixava-se de enxaquecas, que se faziam seguir de singulares abatimentos.

                 (Francisco Cândido Xavier)

Significado de dartroNome genérico das crostas ou das esfoliações produzidas por diversas doenças da pele (acne, eczema, urticária, impetigem etc.)
 PELO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS

Como se o mundo pressentisse uma abençoada renovação de valores no tempo, em breve todas as legiões se entregavam, sem resistência, ao filho do soberano assassinado. Uma nova era principiara com aquele jovem enérgico e magnânimo. O grande império do mundo, como que influenciado por um conjunto de forças estranhas, descansava numa onda de harmonia e de júbilo, depois de guerras seculares e tenebrosas. Por toda parte levantavam-se templos e monumentos preciosos. O hino de uma paz duradoura começava em Roma para terminar na mais remota de suas províncias, acompanhado de amplas manifestações de alegria por parte da plebe anônima e sofredora.

                          (Francisco Cândido Xavier)

 


PELO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS

 Os historiadores do Império Romano sempre observaram com espanto os profundos contrastes da gloriosa época de Augusto. Caio Júlio César Otávio chegara ao poder não obstante o lustre de sua notável ascendência, por uma série de acontecimentos felizes. A mentalidade mais altas da antiga República não acreditavam no seu triunfo. Aliando -se contra a usurpação de Antônio, com os próprios conjurados que haviam praticado o assassínio de seu pai adotivo, sua pretensões foram sempre contrariadas por sombrias perspectivas. Entretanto, suas primeiras vitórias começaram com a instituição do triunvirato e, em seguida, os desastres de Antônio, no Oriente, lhe abriram inesperado caminhos. 

                     (Francisco Cândido Xavier)