Mostrando postagens com marcador Emmanuel. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Emmanuel. Mostrar todas as postagens

Deus nosso pai



A pedra sonha com a sensação de planta.
A árvore aspira o instinto animal.
O selvagem candidata-se à luz da razão.
O homem deseja para si o brilho do anjo.
E o anjo entrevê a celeste escalada de posições que ainda lhe cabe atravessar no rumo da integração com a Munificência Divina.

Seres em crescimento, tão distantes da sublimação, quanto o orangotango ainda se encontra longe de nós, na insignificância de nossas aquisições e valores, qualquer definição de Deus nos escapa por insuficiência de percepção e compreensão.

O verme defrontado pela excelsitude da natureza, jamais conseguirá, em sua condição, penetrar as leis da botânica e a ave pequenina, embora refletindo nas asas tenras o fulgor solar, não pode analisar os fenômenos da luz.

Entretanto, o verme e a ave atendem às funções que lhes cabem na economia do mundo e evoluem, dia a dia, para mais altos recursos da forma, no caminho do progresso constante.

Seria temeridade de nossa parte desafiar a Divina Sabedoria com qualquer classificação de seus atributos.

Espíritos humanos em desenvolvimento, no corpo físico ou fora dele, não podemos trair a posição em que nos situamos, competindo-nos, por agora, não a veleidade de compreender o Plano do Universo, mas sim a obrigação de acatar-lhe seus desígnios, abraçando o serviço que a Lei nos reserva no campo de aperfeiçoamento que nos cabe lavrar.

Ainda assim, se buscamos exata notícia do Criador, adotemos a de Cristo que no-lo revelou na posição de “Nosso Pai”.
Nosso Pai que nos provê de recursos em todas as necessidades e que se acurva amoroso e solícito na proteção para todas as criaturas.
Nosso Pai que vela pela magnificência dos astros com a mesma ternura com que sustenta a larva no subsolo.

Em verdade, por agora, nossa inteligência é demasiado estreita para conter qualquer conceituação do Infinito, cabendo-nos, por bênção e honra, o trabalho incessante no bem para libertação e aprimoramento de nossas possibilidades virtuais.

Pelo coração, no entanto, ser-nos-á possível buscar o exemplo de Jesus e sentir o Supremo Senhor por Nosso Pai de Sabedoria e Misericórdia.

Através do amor, a estrela se comunica com o grão de areia e se a gota do oceano não lhe pode medir a extensão e a grandeza, traz consigo, na intimidade da própria estrutura, o gosto característico do mar.
 
Espírito Emmanuel, do livro Canais da Vida, psicografado por Chico Xavier.

Libertação de Consciência

Não aguardemos que o aplauso do mundo coroe as nossas expectativas.
Não esperemos que as alegrias nos adornem de louros ou que uma coroa de luz desça sobre a nossa cabeça, vestindo-nos de festa.
Quem elegeu Jesus, não pode ignorar a cruz da renúncia.
Quem O busca, não pode desdenhar a estrada áspera do Gólgota.
Quem com Ele se afina, não pode esquecer que, Sol de primeira grandeza como é, desceu à sombra da noite, para ser o porto de segurança luminosa, no qual atracaremos a barca de nosso destino.

Jesus é o nosso máximo ideal humano, Modelo e Guia seguro.
Aquele que travou contato com a Sua palavra nunca mais O esquece.
Quem com Ele se identifica, perdeu o direito à opção, porque a sua, passa a tornar-se a opção dEle, sem o que, a vida não tem sentido.

Não é esta a primeira vez que nos identificamos com o Seu verbo libertador. Abandoná-lo é infidelidade, que O troca pelos ouropéis e utopias do mundo, de breve duração.

Não é esta a nossa experiência única no santuário da fé, que abraçamos desde a treva medieval, erguendo monumentos ao prazer, distantes da convivência com a dor.
Voltamos à mesma grei, para podermos, com o Pensamento Divino vibrando em nós, lograr uma perfeita identificação.
Lucigênitos, procedemos do Divino Foco, para o qual marchamos.

Seja, pois, a nossa caminhada assinalada pelas pegadas de claridade na Terra, a fim de que, aquele que venha após os nossos passos, encontre as setas apontando o caminho.
Jesus não nos prometeu os júbilos vazios dos tóxicos da ilusão. Não nos brindou com promessas vãs, que nos destacassem no cenário transitório da Terra. Antes, asseverou, que verteríamos o pranto que precede à plenitude, e teríamos a tristeza e a solidão que antecedem à glória solar.
Não seja, pois, de surpreender que, muitas vezes, a dificuldade e o opróbrio, o problema e a solidão caracterizem a nossa marcha. Não seja de surpreender, portanto, que nos vejamos em solidão com Ele, já que as Suas, serão as mãos que nos enxugarão o pranto, enquanto nos dirá, suavemente: Aqui estou!

Perseveremos juntos, cantando o hino da alegria plena na ação que liberta consciências, na atividade que nos irmana e no amor que nos felicita.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores. 
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL. 1994.

Emmanuel e a unificação do espiritismo

A unificação espiritualista constitui problema, credor da mais legítima cooperação de quantos colaboram nas obras da verdade e do bem no plano espiritual.

Difícil padronizar a interpretação, de vez que ninguém pode trair o degrau evolutivo que lhe é próprio.
Cada aprendiz da realidade universal verá de acordo com as dimensões de sua janela; ouvirá, segundo a acústica, instalada por si mesmo no santuário interior; e compreenderá, na medida de suas realizações e experiências.
 
Entretanto, nosso problema de união, ao que parece, não se relaciona com a exegese.

É questão de fraternidade sentida e vivida, portas a dentro da organização doutrinária, para que as obras não se esterilizem, à míngua de fé e para que a fé não pereça sem obras.

Trata-se de avançado cometimento da boa vontade de cada companheiro na construção do edifício coletivo do bem geral.

Serviço de compreensão elevada, em que para unir, em Cristo, não podemos prescindir da renúncia cristã, aprendendo a ceder com proveito, no esforço de todos, com todos e para todos em favor da vida melhor.

Para isso, cremos, não é necessário invocar a interpretação que sempre define “um estado de conhecimento”, sem representar a sabedoria, e nem se reclamará o concurso da política humana que constitui “uma expressão transitória de poder”, sem consubstanciar a autoridade em si mesma.

Apelaremos, sim, para as qualidades superiores do espírito, recorreremos à zona sublime da consciência, onde os valores religiosos acendem a verdadeira luz.

Razoável que os orientadores encarnados tracem programas construtivos para a feição externa do serviço a fazer.

Em tempo algum, dispensaremos a ordem, o método e a disciplina, no templo da elevação, como forças controladoras da inteligência.

Nós outros, conclamaremos o homem interno e mobilizaremos as energias do ideal, falando ao coração.

Reunamo-nos no campo da fraternidade edificante.
Não teremos espiritismo unido sem que nos unamos.

Debalde ensinaremos amor sem nos amarmos uns aos outros.
Não elevaremos a doutrina sem nos elevarmos.

Aprendamos a eliminar as arestas próprias, a fim de que o espírito coletivo paire mais alto, ligando-nos à Divina Inspiração.

Unir, para nós, deve ser aprimorar, crescer, iluminar.

Aprimoremo-nos, apresentando mais dócil instrumentalidade aos mensageiros da Vida Mais Alta.

Cresçamos em conhecimento e superioridade sentimental.
Iluminemo-nos na esfera individual, penetrando o segredo do sacrifício para enriquecimento da vida imortal.
Em seguida, a união frutificará, em nossos círculos de trabalho qual a espiga substanciosa que premia a sementeira.

Organizemos por fora, aperfeiçoando por dentro.
Então, chegaremos sem atritos mais ásperos à aquisição de nossa unidade com o Cristo, na mesma convicção que lhe engrandeceu o verbo, quando assegurou: “Eu e meu Pai somos um”.

Espírito Emmanuel, do livro Doutrina e Vida, psicografado por Chico Xavier.

O Natal do Cristo

 A Sabedoria da Vida situou o Natal de Jesus frente do Ano Novo, na memória da Humanidade, como que renovando as oportunidades do amor fraterno, diante dos nossos compromissos com o Tempo.

Projetam-se anualmente, sobre a Terra os mesmos raios excelsos da Estrela de Belém, clareando a estrada dos corações na esteira dos dias incessantes, convocando- nos a alma, em silêncio, à ascensão de todos os recursos para o bem supremo.

A recordação do Mestre desperta novas vibrações no sentimento da Cristandade.
Não mais o estábulo simples, nosso pr6prio espírito, em cujo íntimo o Senhor deseja fazer mais luz...
Santas alegrias nos procuram a alma, em todos os campos do idealismo evangélico
Natural o tom festivo das nossas manifestações de confiança renovada, entretanto, não podemos olvidar o trabalho renovador a que o Natal nos convida, cada ano, não obstante o pessimismo cristalizado de muitos companheiros, que desistiram temporariamente da comunhão fraternal.
E o ensejo de novas relações, acordando raciocínios enregelados com as notas harmoniosas do amor que o Mestre nos legou.

E a oportunidade de curar as nossas próprias fraquezas retificando atitudes menos felizes, ou de esquecer as faltas alheias para conosco, restabelecendo os elos da harmonia quebrada entre nós e os demais, em obediência à lição da desculpa espontânea, quantas vezes se fizerem necessárias.

É o passo definitivo para a descoberta de novas sementeiras de serviço edificante, através da visita aos irmãos mais sofredores do que n6s mesmos e da aproximação com aqueles que se mostram inclinados à cooperação no progresso, a fim de praticarmos, mais intensivamente, o princípio do "amemo-nos uns aos outros".
Conforme a nossa atitude espiritual ante o Natal, assim aparece o Ano Novo à nossa vida.
O aniversário de Jesus precede o natalício do Tempo.
Com o Mestre, recebemos o Dia do Amor e da Concórdia.
Com o tempo, encontramos o Dia da Fraternidade Universal.
O primeiro renova a alegria.
O segundo reforma a responsabilidade.
Comecemos oferecendo a Ele cinco minutos de pensamento e atividade e, a breve espaço, nosso espírito se achará convertido em altar vivo de sua infinita boa vontade para com as criaturas, nas bases da Sabedoria e do Amor.
Não nos esqueçamos.
Se Jesus não nascer e crescer, na manjedoura de nossa alma, em vão os Anos Novos se abrirão iluminados para nós.

Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido.

LIÇÃO VIVA

 “Duro é este discurso; quem o pode ouvir? ” — (JOÃO, capítulo 6, Versículo 60.)

 

O Cristianismo é a suprema religião da verdade e do amor, convocando corações para a vida mais alta.

Em vista de religião traduzir religamento, é primordial voltarmo-nos para Deus, tornarmos ao campo da Divindade.

Jesus apresentou a sua plataforma de princípios imortais. Rasgou os caminhos. Não enganou a ninguém, relativamente às dificuldades e obstáculos.

É necessário, esclareceu o Senhor, negarmos a vaidade própria, arrependermo-nos de nossos erros e convertermo-nos ao bem.

O evangelista assinalou a observação de muitos dos discípulos: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir? ”

Sim, efetivamente é indispensável romper com as alianças da queda e assinar o pacto da redenção.

É imprescindível seguir nos caminhos dAquele que é a luz de nossa vida.

Para isso, as palavras brilhantes e os artifícios intelectuais não bastam. O problema é de “quem pode ouvir” a Divina Mensagem, compreendendo-a com o Cristo e seguindo-lhe os passos.

 

Livro: Caminho, verdade e vida.

PÃO DE CADA DIA

 “Dá-nos cada dia o nosso pão. ” — Jesus. (LUCAS, capítulo 11, Versículo 3.)

 

Já pensaste no pão de cada dia?

A força de possuí-lo, em abundância, o homem costuma desvalorizá-lo, à maneira da criatura irrefletida que somente medita na saúde, ao sobrevir a enfermidade.

Se a maioria dos filhos da Terra estivessem à altura de atender à gratidão nos seus aspectos reais, bastaria o pão cotidiano para que não faltassem às coletividades terrestres perfeitas noções da existência de Deus. Tão magnânima é a bondade celestial que, promovendo recursos para a manutenção dos homens, escapa à admiração das criaturas, a fim de que

compreendam melhor a vida, integrando-se nas responsabilidades que lhes dizem respeito, nas Organizações de trabalho a que foram chamadas, com a finalidade de realizarem o aprimoramento próprio.

O Altíssimo deixa aos homens a crença de que o pão terrestre é conquista deles, para que se aperfeiçoem convenientemente no dom de servir. Em verdade, no entanto, o pão de cada dia, para todas as refeições do mundo, procede da Providência Divina.

O homem cavará o solo, espalhará as sementes, defenderá o serviço e cooperará com a Natureza, mas a germinação, o crescimento, a florescência e a frutificação pertencem ao Todo-Misericordioso.

No alimento de cada dia prevalece sublime ensinamento de colaboração entre o Criador e a criatura, que raras pessoas se dispõem a observar. Esforçasse o homem e o Senhor lhe concede as utilidades.

O servo trabalha e o Altíssimo lhe abençoa o suor.

É nesse processo de íntima cooperação e natural entendimento que o Pai espera colher, um dia, os doces frutos da perfeição no espírito dos filhos.

 

Livro: Caminho, verdade e vida.

ZELO DO BEM

 “E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem? ” — (1ª EPÍSTOLA A PEDRO, capítulo 3, versículo 13.)

 

Temer os que praticam o mal é demonstrar que o bem ainda não se nos radicou na alma convenientemente.

A interrogação de Pedro reveste-se de enorme sentido.

Se existe sólido propósito do bem nos teus caminhos, se és cuidadoso em sua prática, quem mobilizará tamanho poder para anular as edificações de Deus?

O problema reside, entretanto, na necessidade de entendimento. Somos ainda incapazes de examinar todos os aspectos de uma questão, todos os contornos de uma paisagem. O que hoje nos parece a felicidade real pode ser amanhã cruel desengano. Nossos desejos humanos modificam-se aos jorros purificadores da fonte evolutiva. Urge, pois, afeiçoarmo-nos à Lei Divina, refletir-lhe os princípios sagrados e submeter-nos aos Superiores Desígnios, trabalhando incessantemente para o bem, onde estivermos.

Os melindres pessoais, as falsas necessidades, os preconceitos cristalizados, operam muita vez a cegueira do espírito. Procedem daí imensos desastres para todos os que guardam a intenção de bem fazer, dando ouvidos, porém, ao personalismo inferior.

Quem cultiva a obediência ao Pai, no coração, sabe encontrar as oportunidades de construir com o seu amor.

Os que alcançam, portanto, a compreensão legítima não pode temer o mal. Nunca se perdem na secura da exigência nem nos desvios do sentimentalismo.

Para essas almas, que encontraram no íntimo de si próprias o prazer de servir sem indagar, os insucessos, as provas, as enfermidades e os obstáculos são simplesmente novas decisões das Forças Divinas, relativamente à tarefa que lhes dizem respeito, destinadas a conduzi-las para a vida maior.

 

Livro: Caminho, verdade e vida.

LÁGRIMAS

 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. ” — Jesus. (MATEUS, capítulo 11, versículo 28.)

 

Ninguém como Cristo espalhou na Terra tanta alegria e fortaleza de ânimo.

Reconhecendo isso, muitos discípulos amontoam argumentos contra a lágrima e abominam as expressões de sofrimento.

O Paraíso já estaria na Terra se ninguém tivesse razões para chorar.

Considerando assim, Jesus, que era o Mestre da confiança e do otimismo, chamava ao seu coração todos os que estivessem cansados e oprimidos sob o peso de desenganos terrestres.

Não amaldiçoou os tristes: convocou-os à consolação.

Muita gente acredita na lágrima sintoma de fraqueza espiritual. No entanto, Maria soluçou no Calvário; Pedro lastimou-se, depois da negação; Paulo mergulhou-se em pranto às portas de Damasco; os primeiros cristãos choraram nos circos de martírio..., mas, nenhum deles derramou lágrimas sem esperança.

Prantearam e seguiram o caminho do Senhor, sofreram e anunciaram a Boa Nova da Redenção, padeceram e morreram leais na confiança suprema.

O cansaço experimentado por amor ao Cristo converte-se em fortaleza, as cadeias levadas ao seu olhar magnânimo transformam-se em laços divinos de salvação.

Caracterizam-se as lágrimas através de origens específicas. Quando nascem da dor sincera e construtiva, são filtros de redenção e vida; no entanto, se procedem do desespero, são venenos mortais.

 

Livro: Caminho, verdade e vida.

PALAVRAS DE MÃE

“Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser. ”

(JOÃO, capítulo 2, versículo 5.)

 

O Evangelho é roteiro iluminado do qual Jesus é o centro divino. Nessa Carta da Redenção, rodeando-lhe a figura celeste, existem palavras, lembranças, dádivas e indicações muito amadas dos que lhe foram legítimos colaboradores no mundo.

Recebemos aí recordações amigas de Paulo, de João, de Pedro, de companheiros outros do Senhor, e que não poderemos esquecer.

Temos igualmente, no Documento Sagrado, reminiscências de Maria.

Examinemos suas preciosas palavras em Caná, cheias de sabedoria e amor materno.

Geralmente, quando os filhos procuram a carinhosa intervenção de mãe é que se sentem órfãos de ânimo ou necessitados de alegria. Por isso mesmo, em todos os lugares do mundo, é comum observarmos filhos discutindo com os pais e chorando ante corações maternos.

Interpretada com justiça por anjo tutelar do Cristianismo, às vezes é com imensas aflições que recorremos a Maria.

Em verdade, o versículo do apóstolo João não se refere a paisagens dolorosas. O episódio ocorre numa festa de bodas, mas podemos aproveitar-lhe a sublime expressão simbólica.

Também nós estamos na festa de noivado do Evangelho com a Terra.

Apesar dos quase vinte séculos decorridos, o júbilo ainda é de noivado, porquanto não se verificou até agora a perfeita união.... Nesse grande concerto da ideia renovadora, somos serventes humildes. Em muitas ocasiões, esgotasse o vinho da esperança. Sentimo-nos extenuados, desiludidos.... Imploramos ternura maternal e eis que Maria nos responde: Fazei tudo quanto ele vos disser.

O conselho é sábio e profundo e foi colocado no princípio dos trabalhos de salvação.

Escutando semelhante advertência de Mãe, meditemos se realmente estaremos fazendo tudo quanto o Mestre nos disse.

 

Livro: Caminho, verdade e vida.

FAÇAMOS NOSSA LUZ

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens.” — Jesus.

(MATEUS, capítulo 5, versículo 16.)

 

Ante a glória dos mundos evolvidos, das esferas sublimes que povoam o Universo, o estreito campo em que nos agitamos, na Crosta Planetária, é limitado círculo de ação.

Se o problema, no entanto, fosse apenas o de espaço, nada teríamos a lamentar.

A casa pequena e humilde, iluminada de Sol e alegria, é paraíso de felicidade.

A angústia de nosso plano procede da sombra.

A escuridão invade os caminhos em todas as direções. Trevas que nascem da ignorância, da maldade, da insensatez, envolvendo povos, instituições e pessoas. Nevoeiros que assaltam consciências, raciocínios e sentimentos.

Em meio da grande noite, é necessário acendamos nossa luz. Sem isso é impossível encontrar o caminho da libertação. Sem a irradiação brilhante de nosso próprio ser, não poderemos ser vistos com facilidade pelos Mensageiros Divinos, que ajudam em nome do Altíssimo, e nem auxiliaremos efetivamente a quem quer que seja.

É indispensável organizar o santuário interior e iluminá-lo, a fim de que as trevas não nos dominem.

É possível marchar, valendo-nos de luzes alheias. Todavia, sem claridade que nos seja própria, padeceremos constante ameaça de queda. Os proprietários das lâmpadas acesas podem afastar-se de nós, convocados pelos montes de elevação que ainda não merecemos.

Vale-te, pois, dos luzeiros do caminho, aplica o pavio da boa-vontade ao óleo do serviço e da humildade e acende o teu archote para a jornada.

Agradece ao que te ilumina por uma hora, por alguns dias ou por muitos anos, mas não olvides tua candeia, se não desejas resvalar nos precipícios da estrada longa!...

O problema fundamental da redenção, meu amigo, não se resume a palavras faladas ou escritas. É muito fácil pronunciar belos discursos e prestar excelentes informações, guardando, embora, a cegueira nos próprios olhos.

Nossa necessidade básica é de luz própria, de esclarecimento íntimo, de autoeducação, de conversão substancial do “eu” ao Reino de Deus.

Podes falar maravilhosamente acerca da vida, argumentar com brilho sobre a fé, ensinar os valores da crença, comer o pão da consolação, exaltar a paz, recolher as flores do bem, aproveitar os frutos da generosidade alheia, conquistar a coroa efêmera do louvor fácil, amontoar títulos diversos que te

exornem a personalidade em trânsito pelos vales do mundo...

Tudo isso, em verdade, pode fazer o espírito que se demora, indefinidamente, em certos ângulos da estrada.

Todavia, avançar sem luz é impossível.

Livro: Caminho, Verdade e Vida


REFLEXÃO SEMANAL

 "ESFORÇO E ORAÇÃO"


“E, despedida a multidão, subiu ao monte a fim de orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.”                                       (MATEUS, capítulo 14, versículo 23.) 

De vez em quando, surgem grupos religiosos que preconizam o absoluto retiro das lutas humanas para os serviços da oração. Nesse particular, entretanto, o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. O trabalho e a prece são duas características de sua atividade divina. Jesus nunca se encerrou a distância das criaturas, com o fim de permanecer em contemplação absoluta dos quadros divinos que lhe iluminavam o coração, mas também cultivou a prece em sua altura celestial. Despedida a multidão, terminado o esforço diário, estabelecia a pausa necessária para meditar, à parte, comungando com o Pai, na oração solitária e sublime. Se alguém permanece na Terra, é com o objetivo de alcançar um ponto mais alto, nas expressões evolutivas, pelo trabalho que foi convocado a fazer. E, pela oração, o homem recebe de Deus o auxílio indispensável à santificação da tarefa. Esforço e prece completam-se no todo da atividade espiritual. A criatura que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso, acabaria desesperada, em horrível secura do coração; aquela que apenas se mantivesse genuflexa, estaria ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade. A oração ilumina o trabalho, e a ação é como um livro de luz na vida espiritualizada. Cuida de teus deveres porque para isso permaneces no mundo, mas nunca te esqueças desse monte, localizado em teus sentimentos mais nobres, a fim de orares “à parte”, recordando o Senhor.

REFLEXÃO SEMANAL

"BASE"


 “Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo.”                       (JOÃO, capítulo 13, versículo 8.) 

É natural vejamos, antes de tudo, na resolução do Mestre, ao lavar os pés dos discípulos, uma demonstração sublime de humildade santificante. Primeiramente, é justo examinarmos a interpretação intelectual, adiantando, porém, a análise mais profunda de seus atos divinos. É que, pela mensagem permanente do Evangelho, o Cristo continua lavando os pés de todos os seguidores sinceros de sua doutrina de amor e perdão. O homem costuma viver desinteressado de todas as suas obrigações superiores, muitas vezes aplaudindo o crime e a inconsciência. Todavia, ao contato de Jesus e de seus ensinamentos sublimes, sente que pisará sobre novas bases, enquanto que suas apreciações fundamentais da existência são muito diversas. Alguém proporciona leveza aos seus pés espirituais para que marche de modo diferente nas sendas evolutivas. Tudo se renova e a criatura compreende que não fora essa intervenção maravilhosa e não poderia participar do banquete da vida real. Então, como o apóstolo de Cafarnaum, experimenta novas responsabilidades no caminho e, desejando corresponder à expectativa divina, roga a Jesus lhe lave, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça.

REFLEXÃO SEMANAL

"EXAMINA-TE"

“E Jesus lhes respondeu: Meu Pai obra até agora, e eu trabalho também.” — (João, capítulo 5, versículo 17.) 

Em todos os recantos, observamos criaturas queixosas e insatisfeitas. Quase todas pedem socorro. Raras amam o esforço que lhes foi conferido. A maioria revolta-se contra o gênero de seu trabalho. Os que varrem as ruas querem ser comerciantes; OS trabalhadores do campo prefeririam a existência na cidade. O problema, contudo, não é de gênero de tarefa, mas o de compreensão da oportunidade recebida. De modo geral, as queixas, nesse sentido, são filhas da preguiça inconsciente. É o desejo ingênito de conservar o que é inútil e ruinoso, das quedas no pretérito obscuro. Mas Jesus veio arrancar-nos da “morte no erro”. Trouxe-nos a bênção do trabalho, que é o movimento incessante da vida. Para que saibamos honrar nosso esforço, referiu-se ao Pai que não cessa de servir em sua obra eterna de amor e sabedoria e à sua tarefa própria, cheia de imperecível dedicação à Humanidade. Quando te sentires cansado, lembra-te de que Jesus está trabalhando. Começamos ontem nosso humilde labor e o Mestre se esforça por nós, desde quando?

Emmanuel do Livro Caminho, Verdade e Vida

REFLEXÃO SEMANAL

 EXAMINA-TE

“Nada faças por contenda ou por vanglória, mas por humildade.” - Paulo. (FILIPENSES, capítulo 2, versículo 3.) 

O serviço de Jesus é infinito. Na sua órbita, há lugar para todas as criaturas e para todas as idéias sadias em sua expressão substancial. Se, na ordem divina, cada árvore produz segundo a sua espécie, no trabalho cristão, cada discípulo contribuirá conforme sua posição evolutiva. A experiência humana não é uma estação de prazer. O homem permanece em função de aprendizado e, nessa tarefa, é razoável que saiba valorizar a oportunidade de aprender, facilitando o mesmo ensejo aos semelhantes. O apóstolo Paulo compreendeu essa verdade, afirmando que nada deveremos fazer por espírito de contenda e vanglória, mas, sim, por ato de humildade. Quando praticares alguma ação que ultrapasse o quadro das obrigações diárias, examina os móveis que a determinaram. Se resultou do desejo injusto de supremacia, se obedeceu somente à disputa desnecessária, cuida de teu coração para que o caminho te seja menos ingrato. Mas se atendeste ao dever, ainda que hajas sido interpretado como rigorista e exigente, incompreensivo e infiel, recebe as observações indébitas e passa adiante. Continua trabalhando em teu ministério, recordando que, por servir aos outros, com humildade, sem contendas e vanglórias, Jesus foi tido por imprudente e rebelde, traidor da lei e inimigo do povo, recebendo com a cruz a coroa gloriosa.

Do livro Caminho, verdade e vida/Emmanuel

REFLEXÃO SEMANAL

SEGUE-ME TU

 “Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu.” 

  (JOÃO, capítulo 21, versículo 22.) 

Nas comunidades de trabalho cristão, muitas vezes observamos companheiros altamente preocupados com a tarefa conferida a outros irmãos de luta. É justo examinar, entretanto, como se elevaria o mundo se cada homem cuidasse de sua parte, nos deveres comuns, com perfeição e sinceridade. Algum de nossos amigos foi convocado para obrigações diferentes? Confortemo-lo com a legítima compreensão. As vezes, surge um deles, modificado ao nosso olhar. Há cooperadores que o acusam. Muitos o consideram portador de perigosas tentações. Movimentam-se comentários e julgamentos à pressa. Quem penetrará, porém, o campo das causas? Estaríamos na elevada condição daquele que pode analisar um acontecimento, através de todos os ângulos? Talvez o que pareça queda ou defecção pode constituir novas resoluções de Jesus, relativamente à redenção do amigo que parece agora distante. O Bom Pastor permanece vigilante. Prometeu que das ovelhas que o Pai lhe confiou nenhuma se perderá. Convém, desse modo, atendermos com perfeição aos deveres que nos foram deferidos. Cada qual necessita conhecer as obrigações que lhe são próprias. Nesse padrão de conhecimento e atitude, há sempre muito trabalho nobre a realizar. Se um irmão parece desviado aos teus olhos mortais, faze o possível por ouvir as palavras de Jesus ao pescador de Cafarnaum: “Que te importa a ti? Segue-me tu.

 Emmanuel do Livro Caminho Verdade e Vida

REFLEXÃO SEMANAL

"O TEMPO"

 “Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” - Paulo(ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.) 

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo. Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus. 

Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção. Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.

 É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho? Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma. 

A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido. Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas. 

Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência. Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Emmanuel do Livro Caminho Verdade e Vida

SERES AMADOS

"Aquele que ama a seu irmão permanece na luz e nele não há nenhum tropeço". (I João 2:10.) 

Os seres que amamos!... Com que enternecimento desejaríamos situá-los nos mais elevados planos do mundo!... Se possível, obteríamos para cada um deles um nicho de santidade ou um título de herói!... 
Entretanto, qual ocorre a nós mesmos, são eles seres humanos, matriculados no educandário da vida. 
E nos círculos das experiências em que se debatem, como nos acontece, erram e acertam, avançam na estrada ou se interrompem para pensar, solicitandonos apoio e compreensão. 
Assim como estamos em luta a fim de sermos, um dia o que devemos ser, aprendamos a amá-los como são, na certeza de que precisam, tanto quanto nós, de auxílio e encorajamento para a necessária ascensão espiritual. 
Todos somos viajores do Universo com encontro marcado numa só estação de destino - a perfeição, na imortalidade. 
A face disso, e levando em consideração que nos achamos individualmente em marcos diferentes da estrada, se queremos auxiliar aqueles a quem amamos, e abençoá-los com nosso afeto, cultivemos, à frente deles, a coragem de compreender e a paciência de esperar.

Do Livro CEIFA DE LUZ
Emmanuel